Salessuir

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Goiás, Brazil
Com este nome dá para pensar que sou única, né? E sou,embora saiba que exista pelo menos uma outra salessuir por este mundão de meu Deus.Dela tenho esta única informação.De mim sei que já vivi o suficiente para saber de muita coisa e o bastante para entender que falta muito por aprender. Até que a Morte diga: Chega!
Direito de ir e vir daqui pra lá e de lá pra cá, não é ser livre... É gaiolar.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

É meio assim msm


E...

Mais
Adoráveis são as
Invenções...
Leves.

Marllamè que não me venha com dados. Esse lance da turminha, hoje em dia é galera, né?, dos trinta-e-uns aos quarentalguns navegar pela rede não é por acaso. É por necessidade imposta extremamente necessária. A entrada neste meio se dá aos trancos e barrancos e começa mais ou menos assim:
Você tem de abrir um e-mail pra você. E eu ainda tenho medo do teclado me morder. 
Já abriu seu e-mail? E eu a-in-da nem sei diferenciar o enter do delete.
Não dá fulana! Hoje não dá para ficar desconectada. Vai ou não abrir seu e-mail? Jesus, que saco! Acabei de perder todo o documento de trocentas páginas porque não salvei o bendito e pelo jeito também não tenho quem me salve.

Essa criatura insistente é da galera, ou turma, sei lá, dos quarentalguns. Passou por todas essas fases e agora quer se vingar em mim. Eu, segundo ela mesma, um pobre BIOS: Bichinho Ignorante Operando Sistemas.

Faço-me de desentendida e um belo dia... Lá esta ela com aquele sorriso de satisfeita, que para mim parece mais uma risada de vilão do cinema mudo:
Abri um e-mail pra você, depois você muda a senha. Ô coisinha irritante!!! 

Então... Me junto a minha amiga como se ela fosse aquele inimigo do qual não se escapa jamais. E, com a atitude própria dos vencedores, ela começa: isso faz isso, isso faz aquilo, agora envia, muda a letra, aqui colore, recorta, cola, anexa... Legal, né? Olha que mensagem bonitinha! PPS e mais PPSsss. Agora vou te ensinar entrar no MSN... Ah! Pra que...

Meus
Senhores,
Nem vos conto!

É um mundo sem volta. Uma seita. Nem interessa se é satânica ou não. Um vício. E como aquelas correntes infinitas, chatéééééérrimas que nos enviam você se torna uma chata e começa a acorrentar todo mundo. Ainda bem que nem todos são da sua turma dos quarenta, senão ia ficar sem add quase ninguém e corrente que se preza tem de ser significativamente gigante. Você adiciona todos os amigos de seus filhos. Sim, aqueles mesmos que te chamam de tia, cujo internetês você abomina. Nunca, NUN-CA se deixará vencer por essa nova língua que assola as provas. Mal se passa a semana e seu 'você' perde o acento e as vogais. No fim de um mês suas despedidas se resumem a abç e bj. Em contrapartida aprende ir a lugares nunca dantes navegados, porque essa galerinha, que não é nem da turma dos trinta-e-uns, ao contrário do que muita gente diz, adora ensinar coisas novas. Eles se sentem como nós quando encarregados de qualquer criança. Por uns instantes,  são deuses com uma tábua rasa, gastadinha pelo tempo, nas mãos. Tudo veem, tudo sabem e o mais importante: detém todo poder sobre os bites, mega, gigabites e... Emotions. Sem eles, podem acreditar, as mensagens não tem graça nenhuma.

Sem abrir mão de todos os seus princípios linguísticos você se rende a Rede, descobrindo ser necessário internetar as palavras para dar conta de tanta janelinha abrindo, fechando, gritando, fazendo barulhinhos, barulhos e estrondos. Quando esta quase enlouquecendo... Começa a achar delicioso todos aqueles sinais, sons e bonequinhos. É tão bom que você só descobre ter perdido a mão quando suas mensagens ficam enigmáticas até para você mesma, e seus ‘sobrinhos’ começam a ficar off-line de propósito para escapar de seus bichinhos, até um deles te alertar, com toda seriedade: parece criança com esses emotions! Acompanhados de um monte de bonequinhos, claro. 

Passada a fase do deslumbre, deleta-se muitas coisas, não só emotions. E se salva coisas deliciosas, acorrentadas a você, mesmo se formatarem seu computador. Principalmente em época de crise. Seja ela qual for: local ou mundial, TPM, desemprego, solidão, sobrecarga ou ócio. Quem cai nesta rede certamente não é peixe, mas não perde a chance de ser conselheiro, filosofo, humorista, médico, astrólogo, fofoqueiro, enxerido, investigador... Amigo, porque, no final das contas, amigo, virtual ou não, serve para tudo isso.
 



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