Salessuir

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Goiás, Brazil
Com este nome dá para pensar que sou única, né? E sou,embora saiba que exista pelo menos uma outra salessuir por este mundão de meu Deus.Dela tenho esta única informação.De mim sei que já vivi o suficiente para saber de muita coisa e o bastante para entender que falta muito por aprender. Até que a Morte diga: Chega!
Direito de ir e vir daqui pra lá e de lá pra cá, não é ser livre... É gaiolar.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Para a amiga que exigiu um blog nemquefossesopraelaler


Sou goiana e goianiense. Medo? De muitas coisas, embora passe uma imagem de quem não tem medo de nada. Apenas gosto da cidade onde nasci, amo a cidade em que vivi minha adolescência e paqueroeadoro lugares onde nunca estive de corpo presente. Tenho dificuldade em dizer não. Pareço careta, mas não sou. Estou ficando careca. Ora tenho péssima memória para nomes, ora não me lembro das pessoas. Gosto mais de música do que de abóbora. Amo Literatura e todos sabem que a-do-ro Cinema, incluso os filmes indianos, os documentários e as animações. Curto novelas mexicanas que não estejam dubladas: ninguém merece! Cozinho bem, mas detesto comer e fazer qualquer tipo de peixe. Já tentei fazer coleção, não fui adiante. Adoro ajudar meus amigos se puder e eles quiserem. Sou lenta para revidar e quando consigo é quase para todo o sempre. Dou ótimos conselhos, mas nunca os uso em benefício próprio: uma pena. Adoro cores e o colorido das palavras. Torro pequenas fortunas em livros. Detesto gente sem humor. Amo Renato Russo. Reclamo um bocado. Sei pedir desculpas e guardo algumas mágoas. Compro ou gravo cds e dvds pela capa, por afetividade, por indicação, para mostrar aos amigos, para presentear, por serem raros, por precisar de uma música ou filme para uma única aula. Ensino e aprendo simultâneamente. Tomo partido e sofro por isso. Não ligo pra dinheiro, mas tenho consciência de que ele faz falta. Não gosto de ministrar aulas tradicionais, mas uma hora ou outra é preciso. Moro em um lar de verdade, ainda que não tenha uma plaquinha de 'home sweet home' na parede. Abro e leio todos os e-mail e quebro as correntes. Adoro dançar. Amo os musicais. Não suporto fashionismo ou faxinismo, mas de outros 'ismos' sou fã incondicional. Amo Vinícius de Moraes. Gosto de trabalhos manuais. Preciso ficar sozinha. Gosto do Ziraldo. Brigadeiro. Não sei jogar cartas e nem andar de bicicleta. Amo Manuel de Barros da mesma forma que Manuel Bandeira. Amo João Cabral. Não sei tocar violão. Nunca terei uma música feita com o meu nome. Não tolero desperdício. Adoro literatura trivial. Estou aprendendo a gostar do mundo virtual. Choro com desenho animado. Não quero ficar para semente, mas gostaria de ter nascido duas gerações depois da minha para não perder as novidades tecnológicas. Meus amigos dizem que eu sou criativa e está passando da hora de fazer um blog. Sempre fui feliz no amor. Amo Marlon Brando e Paul Newman. Vivo muito bem sem beber e fumar. Gostaria de ter qualquer “bicho”de Lygia Clark ou um "Parangolé" de Oiticica. Não durmo a noite. Acho Ferreira Gullar o máximo. Mobilizo meio mundo em busca de qualquer coisa que me interesse( a maioria é como desejo de 'mulé buchuda': quase irrealizável). Detesto Gente que se contente com qualquer coisa como se fosse a melhor coisa do universo. Gosto muito de viajar na música enquanto o pneu canta numa estrada. Não gosto de mistérios. Detesto conversas suspensas no ar. Invento palavras que não fazem tanto sucesso como o verbo Teadorar. Teadoro William Lévy, teadoro Almodôvar, teadoro Akshay Kumar, mas eles não são os únicos bam-bam-bans. Há uma estrela maior: Shahrukh Khan, Teadoroamoidolatrovenero. Estou revendo muitos conceitos e atitudes. Não tenho como conhecer o México e a Índia por hora, mas tenho a intenção de...Em algum dia. Amo John Travolta e até agora não consegui ter na minha devedeteca a animação Guerra dos pássaros. Contribui com a perpetuação da humanidade tendo um casal de filhos. Rio de mim mesma, dos outros e com os outros. Meu mau-humor é péssimo. Amo Hilda Hilst com a mesma intensidade que amo Adélia Prado. Não gosto de tudo que Caetano faz, mas concordo com a rosa no Rosa, o Pessoa na pessoa, E sei que ele tem a razão quando defende que a poesia está para a prosa, assim como o amor está para a amizade. Admiro Chico Buarque. Adoro tudo da Ângela Lago.Detesto velharias. Eu gosto é de antiguidades. Não gosto de Shopping: nem center, nem a direita e nem a esquerda: dispersa o olhar das coisas que realmente importam. Não saio, e ensinei aos meus filhos a não saírem, do cinema enquanto a última linha dos créditos dizer: Pode ir!. Não sei viver sem bananas. Queria ser pequenina para ser uma vovozinha de livros infantis. Sou grandona. Amo Augusto de Campos. Adoro Ariano Suassuna. Gosto de Adriana Calcanhoto e, como ela, detesto gente deslumbrada. Não entendo como tanta gente talentosa perde espaço. Gosto de pontos de vista diversos sobre um mesmo tema. Gostaria que a Leitura e a escrita fosse enfocada de outra forma nas escolas. Não defendo faixa etária para a arte. Também amo Andy Warhol. Sou míope e a idade já impôs os óculos para enxergar de perto quando o que eu mais quero é provar pra todo mundo que vejo muito tudo ao meu redor. Amo Oswald e Mário de Andrade, reafirmando pela enésima vez : não são gêmeos, nem sequer são irmãos. Um é o pai da Antropofagia e o outro , por ser antropofágico, pariu Macunaíma. Entendo o gosto por literatura de Guel Arraes, mas não compreendo o porquê, de até ontem, ele não se lembrar de filmar Macunaíma. Gosto de escrever. Gosto de inventos e invencionices. (Dez)gosto de muitas outras coisas, mas preciso apreender o Sucinto. Sinto que necessito!



Preciso me apresentar. Como a maioria dos pobres mortais, acho difícil. Muito. Feito menino em primeiro dia de aula, que tem de se mostrar para quem não conhece e ainda entregar um texto seu. É a síndrome evoluída da redação: As férias. Eca, eca,eca!
Professora de Redação e Literatura, sempre experimento em mim mesma certas atividades que proponho aos meus alunos( nem sempre dá certo, por isso tenho planos bês) . Avessa à escrita e a leitura arrancada na marra dos meninos, invento sempre um momento para tirar deles, “na manha”, “de boa” uma leitura, uma escrita por puro prazer. Sem amarras, eles descobrem que não precisam ser Imortais para escrever, de quebra sempre leem o que antes parecia “um saco” e entendem que paráfrase não é sinônimo de cópia. “Para a amiga que exigiu um blog nemquefossesopraelaler” foi criado graças ao talento de Adriana Calcanhoto. Claro que em outro texto. O original está aqui: